quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nova Pista De Skate Bertioga

Paulo Matos

Na tarde de ontem aconteceu a primeira reunião para as definições do nosso novo espaço, a nossa mais nova PISTA DE SKATE DE BERTIOGA. Reunião marcada para iniciar às 16:00 horas, como sempre aquele atraso, mas nada que alterasse a vontade de vermos uma nova praça para nós. Então, aguardamos a vinda do Fernando (freu), skatista e dono da Flyramp (construtora). Com a presença dele, logo demos inicio a reunião, projeto na mesa, idéias na cabeça,e por uma das únicas vezes vista por mim, o assunto naquela mesa redonda era, como gostaríamos que fosse o “nosso” espaço! Fernando uma pessoa muito bacana, além de ser projetista é um skatista e sabe dos anceios de quem usa esses espaços, então assim as coisas ficam mas fácil. Disse ele: “Quem tem que dizer como deve ser a pista de skate, são eles, afinal, eles que iram usar o local”. Estavamos nós: Guibas, Eu, Gustavo Gordo, Eduardo e Elder BNC, mandando perguntas neles (estava presente a responsável da Prefeitura) Como será esse obstáculo? Como será essa rampa? Esse tri-banks ? Onde ficará a quadre de Baskete o tablado dos B.boys?

Enfim... Perguntamos a responsável da Prefeitura sobre, a quadra de baskete e o espaço dos B.Boys, ela nos disse que os espaços não farão parte desse novo projeto, e que há algumas limitações feitas na nova pista de skate. A pista irá diminuir! Dissemos a ela que não poderiam retirar esse espaço assim, e que eles deveriam fazer uma nova quadra e um novo espaço para os B.Boys. Essa será uma das brigas na mudança desse projeto, precisamos nos unir para fortalecer esse pedido!

Bom, as obras estão previstas para começar no dia 15 de Janeiro, irão começar fechando com tapume e logo será destruída. Ficaremos sem espaço por esse período, aproximadamente 4 meses.

Uma outra parada é: Temos que fazer uma festa para finalizar esse ciclo da PISTA DE SKATE DE BERTIOGA, uma grande confraternização como já previsto para o fim de ano, uma festa dos mais de 10 anos da praça. E ainda temos que tirar uma grande foto, para guardamos em nossas lembranças, aquele local que fez e faz parte de nossas vidas.


Essa foi a primeira reunião, muitas outras estão por vir e todos devem participar, por mais que não andem de skate! Afinal, queremos um lugar da “hora” para nós, para curtirmos naqueles dias que não temos nada na cidade. Festas, campeonatos, festivais, enfim... Um lugar nosso!








O projeto :


Click aqui e veja que agora é fato

Parabéns a todos!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nem Velha, nem Nova; viva a Eterna Escola!

• Parábola: o embate entre MC Novato e MC Flashback

MC Novato conheceu o rap há pouco tempo. Talentoso, faz parte da "geração MPC": utiliza instrumentais produzidos em softwares modernos e desenvolveu sua levada pesquisando o rap gringo no YouTube e baixando gigabytes de músicas por semana. Em seus raps, trata de diversos temas contemporâneos, sem medo de falar sobre assuntos inusitados, como metafísica, cibernética, semiótica ou realidade aumentada. Torce o nariz para rappers antigos, que considera "quadrados", atrasados no tempo, e que para ele parecem só falar dos mesmos temas: racismo, criminalidade, periferia, favela, lei das ruas...

MC Flashback conheceu o hip-hop quando ainda nem sabia direito do que essa cultura se tratava. Começou a fazer rap de forma ingênua, nas ruas e praças, utilizando como "instrumentais" os sons de palmas e batuques em latas de lixo. Muito antes da MPC, produzia rap recortando e colando fitas magnéticas no arcaico e charmoso deck de rolo. Na época, voltava a pé do serviço para economizar dinheiro e, uma vez por mês, comprar algum vinil importado. Mesmo sem entender o que os MCs gringos diziam, sentia energia no som que emanava das bolachas pretas. Seus primeiros raps tinham letras ingênuas, mas muito verdadeiras, falando de diversão e amor, com leves protestos satíricos sobre o cotidiano que vivia - críticas que, com o passar do tempo, se tornaram mais ácidas e contundentes.

Alguns amigos de MC Novato tentaram apresentá-lo à música de MC Flashback, mas o garoto nem quis saber. "Este som é uma droga, mal produzido. A letra é boba, a levada é sempre a mesma. A capa do disco é horrorosa... Vejam essa roupa, que ridícula! Não escuto isso nem a pau", ridicularizou MC Novato. Ele nem quis saber se MC Flashback apanhou da polícia por fazer rap na rua, se na época havia precariedade de recursos para gravar ou se ele teve de abrir portas em gravadoras num tempo em que quase não havia fonogramas de rap. Gostava mesmo é de acompanhar o rap norte-americano contemporâneo - em alguns casos, cheio de luxo, mulheres, bebidas, carrões, mansões cenográficas e dinheiro de Banco Imobiliário.

Quando soube que MC Novato desdenhou de sua história, MC Flashback ficou bronqueado. "Quem esse moleque pensa que é?", indignou-se. Profundamente irritado, acabou criando um conceito negativo generalizado contra todos os MCs da geração de Novato. "São todos uns aborrecentes fedelhos que chegaram ontem e não conhecem a minha caminhada", começou a espalhar, entre os outros MCs de sua geração, declarando uma guerra silenciosa àqueles MCs que tinham levadas diferenciadas, sons bem produzidos, usavam vestuário moderno e vocabulário complicado... mas eram ingratos e, em sua opinião, mal tinham deixado as fraldas.

O que Novato e Flashback não perceberam é que eles não representavam duas faces distintas ou opostas de uma cultura, mas sim uma única semente artística semeada em períodos diferentes, separados por 15, 20, talvez 25 anos. Sob diferentes roupagens, gestos e gírias, as duas gerações carregavam o mesmo DNA. Por isso, precisavam perceber que a palavra de ordem era continuidade, e não ruptura: um dependia do outro para que os nomes de ambos pudessem ser registrados na história.

Na realidade, ambos estavam equivocados. MC Novato precisava, no mínimo, conhecer a história de MC Flashback e respeitar a bravura de seu pioneirismo - por ele ter enfrentado a carência de recursos e informações e, mesmo assim, persistido com o intuito de se expressar a qualquer custo. E MC Flashback precisava perceber que merecia respeito, sim, mas o fato de pertencer a uma geração anterior não o fazia superior a MC Novato, nem o dava autoridade para julgar-se "acionista" de uma cultura que não tem donos.

Ambos não perceberam que o presente é um elo, e não um muro, entre o passado e o futuro. E, tristemente, acabaram gerando discípulos tão equivocados quanto eles, enfraquecendo uma cultura que teria seu potencial amplificado se conseguisse permanecer coesa.



PAZ A TODOS

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra Bertioga 2010


PAZ A TODOS

Boas Novas - Prêmio Cultura Hip-Hop

Hoje recebi uma ótima notícia do Ministério da Cultura:

Projeto: 1011130 - Posse Ação Resistência - PAR
Proponente: Renan Augusto Kian

Prezado(a) Senhor(a),


Informamos que a sua PROPOSTA CULTURAL foi habilitada, pois cumpriu todas as exigências dessa etapa do edital. Portanto, ela foi convertida em PROJETO CULTURAL, identificado a partir de agora pelo Nº PRONAC acima.

Com este número, você poderá acompanhar seu projeto pelo site http://www.cultura.gov.br, e também em sua tela de usuário emhttp://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb .

A partir de agora, seu projeto será analisado por uma comissão avaliadora que atribuirá pontuação de acordo com os critérios estabelecidos no edital regulador. O resultado da fase de seleção será publicado no Diário Oficial e no site do Ministério da Cultura, em data ainda a ser definida.


Atenciosamente,


Ministério da Cultura


FÉ EM DEUS !!!

PAZ

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Guia do Voluntariado para iniciantes

1. Todos podem ser voluntários

Trabalho voluntário é uma experiência aberta a todos. Não é só quem é "especialista" em alguma coisa que pode ser voluntário. Muito pelo contrário: todos podem contribuir, a partir da idéia de que o que cada um faz bem, pode fazer bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua competência específica, exatamente para se abrir a novas experiências e vivências.

2. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla

Voluntariado não tem nada a ver com obrigação, com coisa chata, triste, motivada por sentimento de culpa. Voluntariado é uma experiência espontânea, alegre, prazerosa, gratificante. O voluntário doa sua energia, tempo e talento, mas ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil.

3. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária

Trabalho voluntário não é uma atividade fria, racional e impessoal. É contato humano, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado. Este sentimento de estar sendo útil a alguém é uma motivação fortíssima para o envolvimento de pessoas como os idosos, aposentados e portadores de deficiências, que a sociedade tende a desvalorizar e considerar inúteis.

4. O voluntariado faz bem pra sociedade e para si mesmo

A ação voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade, resolver problemas sociais, melhorar a qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é eminentemente positivo: ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de ações de interesse coletivo, o voluntariado reforça a solidariedade social e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e humana.

5. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade

O voluntariado não compete com o trabalho remunerado nem com a ação do Estado. Sua função não é tapar buracos nem apenas compensar carências. Uma sociedade participante e responsável, capaz de agir por si mesma, não espera tudo do Estado, mas tampouco abre mão de cobrar do governo aquilo que só ele pode fazer.

6. Voluntariado depende da necessidade e da criatividade

Tradicionalmente, no Brasil, o voluntariado se concentrou na área de saúde e no atendimento a pessoas carentes. O reconhecimento da urgência de ações nessas áreas não é contraditório com a valorização de novas possibilidades de voluntariado nas áreas de educação, atividades esportivas e culturais, proteção do meio ambiente, etc. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação voluntária. Basta olhar em volta e dar o primeiro passo.

7. Voluntariado é ação

O voluntário é um pessoa criativa, decidida, solidária. No trabalho voluntário, não há cartórios nem monopólios. Não há hierarquia de prioridades. Não é preciso pedir licença a alguém, antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.

8. Cada um é voluntário a seu modo

Alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar pessoas e comunidades. Por vezes, é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa. No voluntariado é assim: não há fórmulas nem receitas a serem seguidas.

9. Voluntariado é escolha

Cada um contribui, na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.

10. Voluntariado é um fenômeno mundial

A escolha do ano de 2001, pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Voluntariado, representa o reconhecimento internacional do voluntariado como fenômeno contemporâneo e global. Esta celebração é uma oportunidade a ser aproveitada para consolidar o voluntariado no Brasil como componente essencial de uma sociedade cada vez mais democrática e participativa.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Desafio Breakdance - Se Controla BSL




Vamo que Vamo !

Desafio de Breakdance

Data: 13 de novembro - 22:00 Hs
Local: Pista Municipal de Skate (Half)

PAZ A TODOS

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Boracéia Viva - SURF

Campeonato revela talentos

Por Edson Kornetoff Aguiar em 04/11/10 01:01 GMT-03:00

Surf Boracéia Viva 2010 reúne molecada no primeiro campeonato. Foto: Divulgação.

O primeiro campeonato de Surf Boracéia Viva 2010 foi encerrado no último final de semana (30 e 31/10) na praia de Boracéia, São Sebastião (SP).

Surfistas de Bertioga e São Sebastião disputaram pranchas, tatuagens, kits e equipamentos em ondas de até 1 metro.

“A molecada local adorou e todos os atletas saíram satisfeitos, conseguimos fazer a integração de diversos surfistas de várias praias do nosso litoral norte e mostramos ao povo local aqui de Boracéia a importância de um evento esportivo em nosso bairro”, diz Edson Kornetoff Aguiar, coordenador de esportes e professor de Educação Física da OSCIP Boracéia Viva.

Resultados do primeiro campeonato de Surf Boracéia Viva 2010


Open São Paulo

1 Felipe Freire
2 Ewerton Camilo
3 Fernando Massao
4 Gabriel Brasil

Open Local

1 Renan Argemiro
2 Alcimar Pereira
3 Cristiano Ceará
4 Giles Lopes

Júnior

1 Renan Argemiro
2 Mateus Oliveira
3 Felipe
4 Rodrigo de Oliveira

Iniciantes

1 Pedro Cezar
2 Manoel Victor
3 Renan Pulguinha
4 Vagner Sena


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Kings Killer


Bboys de Bertioga - Kings of Monsters

Bboy Kruguer mostrando seu talento em edições audiovisuais!

PAZ

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rio de Janeiro


No dia 18 de setembro tivemos a oportunidade de conhecer o "CECC" Centro Esportivo e Cultural da CUFA que fica de baixo de um viaduto em Madureira/RJ. Na ocasião estava acontecendo a útima eliminatória da "LIIBRA" e definiu as equipes que participarão da grande final 2010. A "Gangue" de São Paulo era composta pelas cidades de Sorocaba, Capital, São Vicente e nós (noiz...hehe). O CECC é muito loco, imagine um lugar com quadra de basquete, pista de skate, banheiros, escritórios, cozinha... em baixo de um viaduto??? Maluco né? (Quem sabe a gente não fecha uma van e leva mais gente para conhecer, idéia no ar!). O pessoal da CUFA é muito organizado! Eles tinham várias pessoas envolvidas pra fazer acontecer aquela parada, tivemos a oportunidade de conhecer a Nega Gizza que até deixou um "Salve" para Bertioga em video (logo menos aqui). Fizemos umas amizades, assistimos alguns jogos (Precisamos montar uma equipe de Basquete!) e voamos até Nilópolis no bairro de Olinda para trombar o Eduardo Gringo, skatista de responsa que desenvolve um trabalho gigante. Tava rolando um campe e tinha bastante gente. Nosso tempo era curto, tivemos que ir embora rápido pois não podiamos perder o buso de volta para SP, trocamos alguns contatos e "metemo o pé" e ainda conseguimos assistir as finais de basquete do dia. Foi isso, passagem razante pelo rio, novas amizades, novas inspirações, nada de ilusões de cartões postais, experiência real e humana na cidade maravilhosa, que devia ter esse título pelas pessoas e não pela copacabana.

CUFA BERTIOGA BOTANDO A CARA! CHEGA JUNTO!

PAZ

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Criação de Unidade de Conservação em Bertioga


Disponível no site da prefeitura, a proposta desenvolvida pelos assessores técnicos, em especial Teo Baliero, da Fazenda Acaraú (SóBloco) na batuta do Paulo Velzi, abraçada pelo secretario e pelo diretor do meio ambiente de Bertioga e finalmente endossada pelo prefeito.


Um assunto que está sendo pouco discutido, mas importante a todos!

PAZ

Salve... novidades na área!

No último mês não agitamos nada público, mas isso não significa que não estamos trabalhando. Temos conversado bastante e continuamos nos articulando para desenvolver a nossa cultura por aqui, e também estamos iniciando ações para dar mais visibilidade de nossos projetos fora de nosso município.


As nossas reuniões/oficinas "Rectapes" estão acontecendo normalmente todas as quartas e estamos planejando fazer um cd com as músicas prontas até agora, para levantar algum dinheiro e divulgar o trabalho para os que não tem acesso a internet.


Outra notícia bem importante para os participantes de nosso coletivo, foi o início das atividades da Central Única das Favelas em Bertioga (clique aqui para conhecer melhor). A CUFA está desenvolvendo ações em todo território nacional, e fazer parte dessa rede vai firmar ainda mais nossa base. Esperamos aprender muito nessa nova jornada. No dia 28 de agosto participamos do encontro estadual da CUFA-SP e conhecemos uma galera muito firmeza!

Participe, mantenha o contato e vamo que vamo! A diferença é a gente que faz.

PAZ

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Videos RAP




PAZ A TODOS

Tente Criar um Projeto!

Para você fazer acontecer.

Aqui vão algumas dicas para sua tentativa

1 Conceito

“ Projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados”.

( PROCHONW, Schaffer, 1999 apud ONU, 1984)

2 Formulação de projetos

Um projeto surge em resposta a um problema concreto. Elaborar um projeto é, antes de mais nada, contribuir para a solução de problemas, transformando IDÉIAS em AÇÕES.

O documento chamado projeto é o resultado obtido ao se “projetar” no papel tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um conjunto de atividades a serem executadas: quais são os objetivos, que meios serão utilizados para atingi-los, quais recursos serão necessários, onde serão obtidos e como serão avaliados os resultados.

A organização do projeto em um documento nos auxilia sistematizar o trabalho em etapas a serem cumpridas, compartilhar a imagem do que se quer alcançar, identificar as principais deficiências, a superar e apontar possíveis falhas durante a execução das atividades previstas.

Alguns itens devem ser observados na formulação de projetos:

- Estabelecimento correto do problema - deve ser significante em relação aos fatores de sucesso no negócio; deve ter dimensão administrável; deve ser mensurável.

- Identificação das pessoas e instituições a quem afeta resolver o problema, buscando criar vínculos com os mesmos desde o início do projeto;

- Busca adequada de fontes de financiamento.

3 Roteiro básico para apresentação de projetos

Os principais itens que compõem a apresentação de um projeto relacionam-se de forma bastante orgânica, de modo que o desenvolvimento de uma etapa necessariamente leva à outra.

Apresentação de um projeto deve conter os seguintes itens:

a) Título do projeto

Deve dar uma idéia clara e concisa do(s) objetivo(s) do projeto.

b) Caracterização do problema e justificativa

A elaboração de um projeto se dá introduzindo o que pretendemos resolver, ou transformar. De suma importância, geralmente é um dos elementos que contribui mais diretamente na aprovação do projeto pela(s) entidade(s) financiadora(s).

Aqui deve ficar claro que o projeto é uma resposta a um determinado problema percebido e identificado pela comunidade ou pela entidade proponente.

Deve descrever com detalhes a região onde vai ser implantado o projeto, o diagnóstico do problema que o projeto se propõe a solucionar, a descrição dos antecedentes do problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para resolve-lo.

A justificativa deve apresentar respostas a questão POR QUE?

Por que executar o projeto? Por que ele deve ser aprovado e implementado?

Algumas perguntas que podem ajudar a responder esta questão:

- Qual a importância desse problema/questão para a comunidade?

- Existem outros projetos semelhantes sendo desenvolvidos nessa região ou nessa temática?

- Qual a possível relação e atividades semelhantes ou complementares entre eles e o projeto proposto?

- Quais os benefícios econômicos, sociais e ambientais a serem alcançados pela comunidade e os resultados para a região?

c) Objetivos

A especificação do objetivo responde as questões: PARA QUE? e PARA QUEM?

A formulação do objetivo de um projeto pode considerar de alguma maneira a reformulação futura, positiva das atuais condições negativas do problema.

Os objetivos devem ser formulados sempre como a solução de um problema e o aproveitamento de uma oportunidade. Estes objetivos são mais genéricos e não podem ser assegurados somente pelo sucesso do projeto, dependem de outras condicionantes.

É importante distinguir dois tipos de objetivos:

- Objetivo Geral: Corresponde ao produto final que o projeto quer atingir. Deve expressar o que se quer alcançar na região a longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do projeto. O projeto não pode ser visto como fim em si mesmo, mas como um meio para alcançar um fim maior.

- Objetivos específicos: Corresponde às ações que se propõe a executar dentro de um determinado período de tempo. Também podem ser chamados de resultados esperados e devem se realizar até o final do projeto.

d) Metas

A metas, que muitas vezes são confundidas com os objetivos específicos, são os resultados parciais a serem atingidos e neste caso podem e devem ser bastante concretos expressando quantidades e qualidades dos objetivos, ou QUANTO será feito. A definição de metas com elementos quantitativos e qualitativos é conveniente para avaliar os avanços.

Ao escrevermos uma meta, devemos nos perguntar: o que queremos? Para que o queremos? Quando o queremos?

Quando a meta se refere a um determinado setor da população ou a um determinado tipo de organização, devemos descreve-los adequadamente. Por exemplo, devemos informar a quantidade de pessoas que queremos atingir, o sexo, a idade e outras informações que esclareçam a quem estamos nos referindo.

Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. Quanto melhor dimensionada estiver uma meta, mais fácil será definir os indicadores que permitirão evidenciar seu alcance.

Nem todas as instituições financiadoras exigem a descrição de objetivos específicos e metas separadamente. Algumas exigem uma forma ou outra.

e) Metodologia

A metodologia deve descrever as formas e técnicas que serão utilizadas para executar o projeto.

A especificação da metodologia do projeto é a que abrange número de itens, pois responde, a um só tempo, as questões COMO? COM QUE? ONDE? QUANTO?

A Metodologia deve corresponder às seguintes questões:

a) Como o projeto vai atingir seus objetivos?

b) Como começarão as atividades?

c) Como serão coordenadas e gerenciadas as atividades?

d) Como e em que momentos haverá a participação e envolvimento direto do grupo social?

Deve se descrever o tipo de atuação a ser desenvolvida: pesquisa, diagnóstico, intervenção ou outras; que procedimentos (métodos, técnicas e instrumentos, etc.) serão adotados e como será sua avaliação e divulgação.

É importante pesquisar metodologias que foram empregadas em projetos semelhantes, verificando sua aplicabilidade e deficiências, e é sempre oportuno mencionar as referências bibliográficas.

Um projeto pode ser considerado bem elaborado quando tem metodologia bem definida e clara. É a metodologia que vai dar aos avaliadores/pareceristas, a certeza de que os objetivos do projeto realmente tem condições de serem alcançados. Portanto este item deve merecer atenção especial por parte das instituições que elaborarem projetos.

Uma boa metodologia prevê três pontos fundamentais: a gestão participativa, o acompanhamento técnico sistemático e continuado e o desenvolvimento de ações de disseminação de informações e de conhecimentos entre a população envolvida.

f) Cronograma

O cronograma responde a pergunta QUANDO?

Os projetos, como já foi comentado, são temporalmente bem definidos quando possuem datas de início e término preestabelecidas. As atividades que serão desenvolvidas devem se inserir neste lapso de tempo.

O cronograma é a disposição gráfica das épocas em que as atividades vão se dar e permite uma rápida visualização da seqüência em que devem acontecer.

g) Orçamento

Respondendo à questão COM QUANTO? O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto, no qual se indica como o que e quando serão gastos os recursos e de que fontes virão os recursos. Facilmente pode-se observar que existem diferentes tipos de despesas que podem ser agrupadas de forma homogênea como por exemplo: material de consumo; custos administrativos, equipe permanente; serviços de terceiros; diárias e hospedagem; veículos, máquinas e equipamentos; obras e instalações.

No orçamento as despesas devem ser descritas de forma agrupada, no entanto, as organizações financiadoras exigem que se faça uma descrição detalhada de todos os custos, que é chamada memória de cálculo.

h) Revisão Bibliográfica

Referências bibliográficas que possam conceituar o problema, ou servir de base para a ação, podem e devem ser apresentadas. Certamente darão ao financiador uma noção de quanto o autor está inteirado ao assunto, pelo menos ao nível conceitual/teórico.

Referências

IACZINSKI SOBRINHO, Antônio. Elaboração e execução de projetos.Florianópolis:UFSC/

SEPLAN/COPROJ,[199]. (Apostila de curso)

LAKATOS, Eva M ; MARCONI, Marina de Andrade.Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.270p.

PROCHNOW, Miriam; SCHAFFER, W.B.Pequeno manual para elaboração de projetos. Rio do Sul: APREMAVI7AMAVI7FEEC, 1999,( Apostila de curso).