terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nem Velha, nem Nova; viva a Eterna Escola!

• Parábola: o embate entre MC Novato e MC Flashback

MC Novato conheceu o rap há pouco tempo. Talentoso, faz parte da "geração MPC": utiliza instrumentais produzidos em softwares modernos e desenvolveu sua levada pesquisando o rap gringo no YouTube e baixando gigabytes de músicas por semana. Em seus raps, trata de diversos temas contemporâneos, sem medo de falar sobre assuntos inusitados, como metafísica, cibernética, semiótica ou realidade aumentada. Torce o nariz para rappers antigos, que considera "quadrados", atrasados no tempo, e que para ele parecem só falar dos mesmos temas: racismo, criminalidade, periferia, favela, lei das ruas...

MC Flashback conheceu o hip-hop quando ainda nem sabia direito do que essa cultura se tratava. Começou a fazer rap de forma ingênua, nas ruas e praças, utilizando como "instrumentais" os sons de palmas e batuques em latas de lixo. Muito antes da MPC, produzia rap recortando e colando fitas magnéticas no arcaico e charmoso deck de rolo. Na época, voltava a pé do serviço para economizar dinheiro e, uma vez por mês, comprar algum vinil importado. Mesmo sem entender o que os MCs gringos diziam, sentia energia no som que emanava das bolachas pretas. Seus primeiros raps tinham letras ingênuas, mas muito verdadeiras, falando de diversão e amor, com leves protestos satíricos sobre o cotidiano que vivia - críticas que, com o passar do tempo, se tornaram mais ácidas e contundentes.

Alguns amigos de MC Novato tentaram apresentá-lo à música de MC Flashback, mas o garoto nem quis saber. "Este som é uma droga, mal produzido. A letra é boba, a levada é sempre a mesma. A capa do disco é horrorosa... Vejam essa roupa, que ridícula! Não escuto isso nem a pau", ridicularizou MC Novato. Ele nem quis saber se MC Flashback apanhou da polícia por fazer rap na rua, se na época havia precariedade de recursos para gravar ou se ele teve de abrir portas em gravadoras num tempo em que quase não havia fonogramas de rap. Gostava mesmo é de acompanhar o rap norte-americano contemporâneo - em alguns casos, cheio de luxo, mulheres, bebidas, carrões, mansões cenográficas e dinheiro de Banco Imobiliário.

Quando soube que MC Novato desdenhou de sua história, MC Flashback ficou bronqueado. "Quem esse moleque pensa que é?", indignou-se. Profundamente irritado, acabou criando um conceito negativo generalizado contra todos os MCs da geração de Novato. "São todos uns aborrecentes fedelhos que chegaram ontem e não conhecem a minha caminhada", começou a espalhar, entre os outros MCs de sua geração, declarando uma guerra silenciosa àqueles MCs que tinham levadas diferenciadas, sons bem produzidos, usavam vestuário moderno e vocabulário complicado... mas eram ingratos e, em sua opinião, mal tinham deixado as fraldas.

O que Novato e Flashback não perceberam é que eles não representavam duas faces distintas ou opostas de uma cultura, mas sim uma única semente artística semeada em períodos diferentes, separados por 15, 20, talvez 25 anos. Sob diferentes roupagens, gestos e gírias, as duas gerações carregavam o mesmo DNA. Por isso, precisavam perceber que a palavra de ordem era continuidade, e não ruptura: um dependia do outro para que os nomes de ambos pudessem ser registrados na história.

Na realidade, ambos estavam equivocados. MC Novato precisava, no mínimo, conhecer a história de MC Flashback e respeitar a bravura de seu pioneirismo - por ele ter enfrentado a carência de recursos e informações e, mesmo assim, persistido com o intuito de se expressar a qualquer custo. E MC Flashback precisava perceber que merecia respeito, sim, mas o fato de pertencer a uma geração anterior não o fazia superior a MC Novato, nem o dava autoridade para julgar-se "acionista" de uma cultura que não tem donos.

Ambos não perceberam que o presente é um elo, e não um muro, entre o passado e o futuro. E, tristemente, acabaram gerando discípulos tão equivocados quanto eles, enfraquecendo uma cultura que teria seu potencial amplificado se conseguisse permanecer coesa.



PAZ A TODOS

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra Bertioga 2010


PAZ A TODOS

Boas Novas - Prêmio Cultura Hip-Hop

Hoje recebi uma ótima notícia do Ministério da Cultura:

Projeto: 1011130 - Posse Ação Resistência - PAR
Proponente: Renan Augusto Kian

Prezado(a) Senhor(a),


Informamos que a sua PROPOSTA CULTURAL foi habilitada, pois cumpriu todas as exigências dessa etapa do edital. Portanto, ela foi convertida em PROJETO CULTURAL, identificado a partir de agora pelo Nº PRONAC acima.

Com este número, você poderá acompanhar seu projeto pelo site http://www.cultura.gov.br, e também em sua tela de usuário emhttp://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb .

A partir de agora, seu projeto será analisado por uma comissão avaliadora que atribuirá pontuação de acordo com os critérios estabelecidos no edital regulador. O resultado da fase de seleção será publicado no Diário Oficial e no site do Ministério da Cultura, em data ainda a ser definida.


Atenciosamente,


Ministério da Cultura


FÉ EM DEUS !!!

PAZ

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Guia do Voluntariado para iniciantes

1. Todos podem ser voluntários

Trabalho voluntário é uma experiência aberta a todos. Não é só quem é "especialista" em alguma coisa que pode ser voluntário. Muito pelo contrário: todos podem contribuir, a partir da idéia de que o que cada um faz bem, pode fazer bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua competência específica, exatamente para se abrir a novas experiências e vivências.

2. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla

Voluntariado não tem nada a ver com obrigação, com coisa chata, triste, motivada por sentimento de culpa. Voluntariado é uma experiência espontânea, alegre, prazerosa, gratificante. O voluntário doa sua energia, tempo e talento, mas ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas, satisfação de se sentir útil.

3. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária

Trabalho voluntário não é uma atividade fria, racional e impessoal. É contato humano, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado. Este sentimento de estar sendo útil a alguém é uma motivação fortíssima para o envolvimento de pessoas como os idosos, aposentados e portadores de deficiências, que a sociedade tende a desvalorizar e considerar inúteis.

4. O voluntariado faz bem pra sociedade e para si mesmo

A ação voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade, resolver problemas sociais, melhorar a qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é eminentemente positivo: ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de ações de interesse coletivo, o voluntariado reforça a solidariedade social e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e humana.

5. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade

O voluntariado não compete com o trabalho remunerado nem com a ação do Estado. Sua função não é tapar buracos nem apenas compensar carências. Uma sociedade participante e responsável, capaz de agir por si mesma, não espera tudo do Estado, mas tampouco abre mão de cobrar do governo aquilo que só ele pode fazer.

6. Voluntariado depende da necessidade e da criatividade

Tradicionalmente, no Brasil, o voluntariado se concentrou na área de saúde e no atendimento a pessoas carentes. O reconhecimento da urgência de ações nessas áreas não é contraditório com a valorização de novas possibilidades de voluntariado nas áreas de educação, atividades esportivas e culturais, proteção do meio ambiente, etc. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação voluntária. Basta olhar em volta e dar o primeiro passo.

7. Voluntariado é ação

O voluntário é um pessoa criativa, decidida, solidária. No trabalho voluntário, não há cartórios nem monopólios. Não há hierarquia de prioridades. Não é preciso pedir licença a alguém, antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.

8. Cada um é voluntário a seu modo

Alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar pessoas e comunidades. Por vezes, é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa. No voluntariado é assim: não há fórmulas nem receitas a serem seguidas.

9. Voluntariado é escolha

Cada um contribui, na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.

10. Voluntariado é um fenômeno mundial

A escolha do ano de 2001, pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Voluntariado, representa o reconhecimento internacional do voluntariado como fenômeno contemporâneo e global. Esta celebração é uma oportunidade a ser aproveitada para consolidar o voluntariado no Brasil como componente essencial de uma sociedade cada vez mais democrática e participativa.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Desafio Breakdance - Se Controla BSL




Vamo que Vamo !

Desafio de Breakdance

Data: 13 de novembro - 22:00 Hs
Local: Pista Municipal de Skate (Half)

PAZ A TODOS

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Boracéia Viva - SURF

Campeonato revela talentos

Por Edson Kornetoff Aguiar em 04/11/10 01:01 GMT-03:00

Surf Boracéia Viva 2010 reúne molecada no primeiro campeonato. Foto: Divulgação.

O primeiro campeonato de Surf Boracéia Viva 2010 foi encerrado no último final de semana (30 e 31/10) na praia de Boracéia, São Sebastião (SP).

Surfistas de Bertioga e São Sebastião disputaram pranchas, tatuagens, kits e equipamentos em ondas de até 1 metro.

“A molecada local adorou e todos os atletas saíram satisfeitos, conseguimos fazer a integração de diversos surfistas de várias praias do nosso litoral norte e mostramos ao povo local aqui de Boracéia a importância de um evento esportivo em nosso bairro”, diz Edson Kornetoff Aguiar, coordenador de esportes e professor de Educação Física da OSCIP Boracéia Viva.

Resultados do primeiro campeonato de Surf Boracéia Viva 2010


Open São Paulo

1 Felipe Freire
2 Ewerton Camilo
3 Fernando Massao
4 Gabriel Brasil

Open Local

1 Renan Argemiro
2 Alcimar Pereira
3 Cristiano Ceará
4 Giles Lopes

Júnior

1 Renan Argemiro
2 Mateus Oliveira
3 Felipe
4 Rodrigo de Oliveira

Iniciantes

1 Pedro Cezar
2 Manoel Victor
3 Renan Pulguinha
4 Vagner Sena